domingo, 16 de janeiro de 2011

A desculpa do frango assado :)

SOU daquele tipozinho de gaja (salvo seja) que acredita piamente que estamos cá por alguma razão mais importante que só procriar , consumir e levar na tromba!!!
Bolas não me venham com histórias de que não passamos de matéria e que só andamos aqui a ver passar o circo! ( Ou sermos nós o próprio do circo!).
E para provar a minha teoria , nada melhor que a noite de ontem.
Juntámos o menino, os rapazes (e os menos rapazes ), a princesa, petiscos, bebida ( com álcool e sem :P), conversas de gajas, discursos masculinos, teorias da batata, música, likes and dislikes, umaidaaoteatro , risos e reflexões, silêncios, panquecas da meia-noite, cumplicidade, afectos, partilhas...
Uma amalgama de sensações positivas, que no mínimo aquecem o que está cá dentro.
Por isso escusam de me tentar convencer de que não servimos para mais do que andar por cá. De que quando o percurso acaba, não fica mais nada a não ser as saudades ou o esquecimento.


Somos bem mais do que por quem nos tomam. Oferecemos bem mais do que é visível. Recebemos muito mais do que aquilo que damos. Valemos muito mais do que aquilo que acreditamos. Merecemos bem mais do que aquilo a que nos propomos!
E tenho dito! :)
Até provas ( cientificas) do contrário, vou continuar a acreditar que a Astrologia é subestimada, de que o amor é incondicional como única forma de paz e que quem dá e reparte fica sempre com a melhor parte!
Ahhhhhhhhhhhh!!! Ia-me esquecendo! O jantar foi FRANGUINHO ASSADO! ( E posso garantir que até esta comida leva a discussões bem mais filosóficas do que possam pensar. FRANGUINHOS assados é coisa que não falta por aí :P)
Para mim não são (SÓ) "aquela banda" ou (SÓ) " a banda " e muito menos ( E SÓ) a "tal banda".
Para mim são " Música".


Não será descontextualizado abrir (as sete chaves que encerram) a história deste gostar . Abrir os milhares de portas que fechei vezes sem conta, para esconder o turbilhão de sensações que muitas vezes me viraram do avesso sem me deixarem hipóteses de vir á tona ,vai ajudar .
Como é que se chega á "banda" /"música" que nos deixa marca ou nos dá uma identidade?
Fica o dia da mudança? Ou ficam os lugares e as pessoas ? Talvez o momento em que estamos? O estado do tempo?...
Acho que em mim tudo foi pretexto para o registo, aliás, tudo serviu para o amontoado de coisas que fazem de mim aquilo que hoje Sou.
Mais de uma década e uma amiga ( comum a muitos outros amigos). Um jantar de Inverno, aquecido por uma daquelas salamandras antigas, e um ambiente ameno típico do grupo que me relacionava na altura. Um joguinho de Trivial acompanhado de doces da avó e Ponche quente. E uma prenda que alguém tinha recebido nesse Natal que em alta e boa voz foi redireccionada: " Alguém gosta de COLDPLAY? Ofereceram-me este CD , ouvi, mas não me identifico muito..."
Ninguém abriu a boca, ninguém salvo seja...Também sou gente :P
Acho que foi a partir desse dia que assumi socialmente que era amante do Inverno :)
Passaram os anos, as pessoas e os lugares e aquele CD cada vez fez mais sentido.Ficaram os sonhos, as dedicatórias , os amores e desamores e a prisão asfixiante que não me permitiram muitas vezes ser feliz ao som que me dava vida. Mas a música esteve sempre dentro de mim. Houve até quem me prometesse que mesmo que passassem mais duas décadas eu não estaria só ao som das minhas melodias, houve até que me prometesse a companhia num dia especial com a minha música , mesmo eu estando consciente de que nunca iria cumprir. Mas esse dia chegou e valeu a pena a espera. Não será num dia de Inverno, não terei o bafo quente da salamandra , mas será de certeza na companhia de quem mais amo, desta vez a sorrir e com todos os sonhos do mundo em mim.
Já tenho o meu bilhete!
(Obrigado princesa)
I'm Alive!! :)