Acho que todos passamos por este processo.O balanço final do ano que passou.O peso nas nossas balanças virtuais , que nos permite
destingir se pendemos mais para o sucesso ou para o insucesso. Na verdade, seja qual for a medida encontrada, ficamos sempre com uma sensação de alivio pelo ano que já passou e com as expectativas em fúria com aquilo que está para vir.
Os adjectivos, adereços muito especiais da nossa
língua mãe, são usados nesta altura quase que de maneira
intempestiva.
Para não variar, da maioria da média portuguesa,
também eu já encontrei o meu, para o ano que passou.
Foi um ano , essencialmente, triste...
Não me vou esquecer de cada sorriso iluminado, de cada momento que fui realmente feliz, de cada pessoa que se cruzou na minha vida e deixou mais uma marca para o meu livro.Todos esses escassos momentos foram vidas extras, parecidas com aquelas que ganhamos em jogos de consola.
Para o ano que chega, não desejo muita coisa, mas sei definitivamente o que não desejo.
Não quero esperas, não quero acreditar em contos de fadas,não quero dormir com as lágrimas nos olhos, não quero que a solidão me faça companhia,não quero sentir-me
inútil,não quero ser sonhadora,não quero fingir que não sinto.
Que 2010, seja colorido.
Já chega de preto e branco com cheirinhos a cinza...