domingo, 14 de março de 2010

Decrescer @

São óbvias as diferenças (cada vez maiores) entre sexos.
Não concordo com alguns "Cavalos de Batalha" sobre este assunto, mas admito que á medida que vou ficando mais "crescida", vou conseguindo rever-me em algumas das teorias que a minha mãe sempre defendeu.
Apesar de ser menina e de ter sido criada numa família monoparental (onde foi o sexo oposto que assumiu a responsabilidade), ouvi centenas de vezes ,uma frase semelhante a esta:

" Querida,são as mulheres que seguram qualquer que seja a relação,ou por outro lado,que a destroem se assim o desejarem, por isso nascem mulheres. Mas o centro da questão não é esse, no amor ou escolhes amar ou escolhes ser amada."

Na realidade nunca entendi muito bem qual a razão de não podermos usufruir de ambos e esta teoria sempre me assustou um bocadinho...
Se estamos ou entramos numa relação é porque queremos , certo? E se queremos e estamos nela supostamente o nosso parceiro também , certo?
Se fizermos uma análise é nossa volta e apreciarmos em silêncio alguns dos casais por quem nos fazemos rodear (não havendo quase excepções), com facilidade tiramos a conclusão de que há sempre um dos conjugues que tem maior poder na relação...Pelo menos aparentemente...
E mesmo assumindo que assim é, que um dos dois tem o "domínio" da coisa, será que quem tem esse domínio é quem realmente domina?
A teoria pode ser diferente,ou inversa,porque não, quem domina ser o mais fraco? (afinal quem tem realmente o poder não tem que segurar nada nem ninguém, tem quem o faça por si...)
Mas não é (continua a ser) universal que o "AMOR" é dar e receber , em medidas semelhantes, mesmo que de diferentes formas?
Ou já temos um novo acordo ortográfico que implica uma mudança radical, não na escrita, mas no significado da palavra?
Só de uma coisa, tenho a certeza absoluta, á medida que vou crescendo,vou tendo cada vez menos certezas (sobre variados assuntos) e cada vez mais (mesmo tendo vivido maioritariamente com o sexo oposto) entendo cada vez menos os "meninos" da minha vida.
Isso preocupa-me...

4 comentários:

Rapunzel disse...

Eu cá acho que os homens também conseguem (na perfeição) destruir uma relação!
E eu ainda quero para mim uma relação onde não tenha que escolher amar ou ser amada. Já fiz essas duas opções e nenhuma delas resulta. Numa relação, seja ela de que tipo fôr, tem que se estar de igual para igual, há que amar e ser amado. É essa a minha opção.

SOU disse...

Exactamente por isso tive que escrever. A forma como nos formatam ou tentam formatar, não nos impede de adquirirmos a nossa própria forma. Eu também já vivi as duas e não quero voltar a viver.
Igual para igual ,de outra forma, não me parece real e justo.
Boa opção.
**

Kelara disse...

Hoje quase não somos capazes de nos abandonarmos ao amor. Não somos capazes de um amor que seja inquebrável. Dizemos "quero-te para sempre" - e somos sinceros - mas não somos capazes de manter o amor e a palavra que dissemos. Tornámo-nos moles. Somos caricaturas de homens e de mulheres, porque temos pouca vontade forte, de liberdade verdadeira.
Usamos as palavras em vao...
Acredito no amor enquanto sentimento, demonstrado...

SOU disse...

Nem mais...
Usar as pessoas e amor que t~em por nós , simplesmente porque se cruzam no nosso caminho. Por isso nunca me fiz acompanhar só porque gostam de mim. Sempre acompanhei quem realmente amava, a quem realmente fiz as minhas juras e nunca me importei muito com os obstaculos. Mas não foi da mesma maneira que me trataram e até, talvez. tratem.
Não sou médica, nem enfermeira, não quero passar o resto da minha vida a cuidar, a fazer curativos, para que quando ganhem novamente forças sigam simplesmente o seu caminho sem olhar para trás.
Para isso , prefiro a minha quente solidão.
:)